Como contei no último post, naquele domingo, 31 de maio, pegamos carona com o Roberto, através do Blablacar, de Madri até Pedrafita do Cebreiro (ou Piedrafita do Cebreiro). Saímos da capital espanhola às 19h e a viagem durou 4 horas. Como lá, no verão, só escurece quase às 23h, fizemos todo o trajeto ainda de dia.
Pelas estradas da Espanha, às 22h! (Só anoitece às 23h) |
Pedrafita do Cebreiro é o primeiro pueblo do estado da Galícia, na Espanha. Muita gente começa o Caminho de Santiago em O Cebreiro, um vilarejo a 3,6 km de Pedrafita, e esse também era o nosso plano. Acontece que sabíamos que chegaríamos na Galícia quase onze da noite e os albergues já estariam lotados. Seria arriscado irmos até O Cebreiro, que só tem um albergue e fica no alto de um morro, para darmos com as caras na porta. Teríamos que descer o morro na escuridão a procura de uma hospedagem. Além disso, quase todos os albergues do Caminho de Santiago fecham às 22h (alguns raros fecham às 23h).
Pedimos ao Roberto que nos deixasse em Pedrafita e, no dia seguinte, começaríamos o Caminho andando 3,6 Km a mais - paciência.
Pedrafita é um pueblo bem pequeno, de cinco ruazinhas. Quando descemos do carro, olhamos ao redor e pensamos "e agora?" - ainda não sabíamos que os pueblos que conheceríamos durante o Caminho seriam ainda menores.
Tínhamos apenas duas opções para dormir: um hotelzinho que cobrava 40 euros pelo quarto duplo e uma pensão chamada Rebollal (Avenida de Castilla, 18), da qual a dona nos deu um descontinho e fez o quarto duplo por 35 euros. Após visitarmos o quarto (que não tinha banheiro privativo, mas como já estava todo mundo dormindo, o banheiro coletivo seria só nosso), escolhemos a segunda opção. Não estava em nossos planos gastar R$ 130 logo na primeira noite, mas não tivemos escolha.
E precisávamos jantar - estávamos sem comer desde que estivemos no mercado El Rastro. A cozinha da pensão já estava fechada, mas a nossa sorte foi que, bem na frente do Hostal Rebollal, havia um posto de gasolina com uma loja de conveniência. Fomos correndo até lá e a loja já estava fechando. Só deu tempo de pegarmos um sanduíche natural e mais umas bobagens para sobrevivermos até o dia seguinte.
E precisávamos jantar - estávamos sem comer desde que estivemos no mercado El Rastro. A cozinha da pensão já estava fechada, mas a nossa sorte foi que, bem na frente do Hostal Rebollal, havia um posto de gasolina com uma loja de conveniência. Fomos correndo até lá e a loja já estava fechando. Só deu tempo de pegarmos um sanduíche natural e mais umas bobagens para sobrevivermos até o dia seguinte.
Comemos e subimos para o quarto, para dormir.
E dormimos muito bem. Quando acordamos, no dia seguinte... Vixe! Foi tenso. Mas isso é história para o próximo post! Até lá!
Beijos,
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