No domingo, acordamos com o despertador do celular tocando, às 8h30 da manhã. Isso era o que pensávamos. Nos arrumamos e descemos para o restaurante do hotel, para tomarmos nosso café.
O suco havia acabado, ninguém estava repondo nada e foi aí que nos tocamos que o iphone da Ana, que nos acordou, estava marcando 9 horas, mas já eram 10. Não sabemos o que diabos aconteceu com ele porque, até então, só o meu estava com a hora errada. Agora os dois estavam errados. Resumindo, o café já estava para encerrar quando chegamos ao restaurante.
Não sabíamos o que fazer naquela manhã e decidimos caminhar até Havana Vieja, pelo Malecón. O dia estava lindo e pensamos em encontrar o cara que aluga o Cadillac pink para darmos uma volta e irmos até o Morro, quem sabe. Mas ele não estava lá e acabamos desencanando deste passeio.
Aí, vimos um agito de pessoas à beira da praia, perto do Museo de La Revolución, e resolvemos parar para ver o que ia acontecer. De repente, uma surpresa: começou um culto cristão e nós, claro, ficamos para assistir.
As músicas lindas, a fé daquelas pessoas tão sofridas... Tudo nos emocionou. E eu desmoronei - tudo bem que eu sempre choro na igreja, né? Haha. Mas estava mesmo faltando o momento espiritual desta viagem, afinal, todas têm. E ficamos felizes por vivê-lo em nosso último dia de viagem, em um cenário tão lindo e debaixo de um sol tão incrível.
Eu realmente me comovo com o fato de só a fé ser capaz de manter a esperança em pessoas de vida tão difícil. Foi emocionante mesmo. E, de lá, partimos, mais leves, mais calmas e mais preenchidas de amor para o nosso passeio matinal. No caminho, encontramos um menininho que, na tarde anterior, havia nos pedido un regalito ou un caramelo. Um garoto tão bonitinho, de 14 anos, mirradinho e bonzinho. Andamos ao lado dele até o final da avenida, conversando sobre a escola em que ele estuda, sobre sua família e sobre o que ele gosta de fazer. Paramos para comprar um refresco para ele quando dois outros garotos, amiguinhos dele, se aproximaram. Ele, então, interveio e mandou que não nos pedissem nada. Mas demos refrigerantes e lanches para eles também.
E ficamos um tempo ali, com aquelas três crianças, que passam suas tardes de domingo pescando no mar do Malecón. O primeiro garoto se ofereceu para nos guiar por alguns lugares, mas preferimos que ele ficasse com os amigos, apesar de ele ter dito que não gosta de brincar. Ficamos preocupadas com a possibilidade de a polícia encanar com o garoto por ele estar andando com duas turistas. E também queríamos ir ao museu do rum, lugar nada apropriado para crianças.
Deixamos os garotinhos e partimos para o museu do rum. No caminho, paramos para conhecer o lado da Havana Vieja que não conhecíamos: a Plaza de San Francisco, com o Convento del Santísimo Salvador de Santa Brigída, o Jardin Madre Tereza de Calcutá e a Catedral Ortodoxa Griega.
Plaza de San Francisco |
Plaza de San Francisco e suas milhares de pombas, Jardín Madre Tereza e missa na Catedral Ortodoxa Griega |
De lá, seguimos para o Museu del Ron, a Fundación Havana Club.
Para visitar o interior do museu e conhecer a história do rum, é preciso pagar CUC$ 7 por pessoa pelo tour guiado, mas ficamos com preguiça e fomos direto para o bar. Lá, provamos Mojito e Piña Colada ao som da cantora Anthia e sua banda. A "Alcione de Cuba", como a apelidamos, canta muito! E fez a alegria dos turistas alemães.
Como sempre, a banda perguntou de onde éramos e, ao dizermos Brasil, tocou uma "homenagem".
Nos divertimos bastante sambando e cantando com o pessoal da banda.
Fundación Havana Club - Museo del Ron |
Saímos, então, para procurar um lugar para comer. Fomos até o famoso (e cafona) El Floridita, mas era tudo tão caro, tão caro, que vazamos rapidinho de lá. Isso porque sabíamos que a comida não seria muito diferente dos outros lugares e não poderíamos esperar outra coisa de um restaurante tão turístico.
El Floridita |
Então, enquanto descíamos a Calle Obispo, um bonitão nos parou, mostrando o cardápio do restaurante onde trabalhava. Ele foi simpático e nos convenceu. Entramos no La Pérgola, um dos restaurantes da rede Habaguanex.
Adoramos o lugar, a banda era ótima e a comida, honesta. Pedimos camarão (CUC$ 9) e lagosta (CUC$ 12) e só não matamos nossa vontade de comida boa de verdade porque veio aquele arroz e feijão misturado, típico de todos os lugares cubanos.
Restaurante La Pérgola |
Ficamos curtindo a banda San Miguel, papeando com os integrantes e tomando uns Mojitos até quase 5 horas da tarde. Partimos, então, de volta para o nosso hotel, por aquele caminho que tanto amamos, o Malecón. Aí a Ana conta o que aconteceu.
Beijos,
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