Na manhã de terça-feira, após uma noite pobreta, como contei no último post, acordamos na Casa Mirta (a casa particular onde nos hospedamos) e pegamos nossos últimos 5 CUC para a condução até o terminal Viazul. Ainda estava escuro (e já eram 7h da manhã!) quando nos despedimos do Angél e caminhamos até a Avenida Salvador Allende, pensando em tomar um almendrón (muito mais econômico!). Perguntamos a uma senhora, que estava sentada na frente de uma panificadora, onde poderíamos tomar o almendrón para o terminal de ônibus e ela nos garantiu que, àquela hora, seria melhor chamarmos um táxi oficial (da Cuba Taxi), pois não havia transporte para onde queríamos ir.
Voltamos à Casa Mirta e pedimos para o Angél nos chamar um táxi. O carro estava demorando para chegar e eu já estava ficando nervosa, com medo de perder o ônibus para Varadero. A Ana contou sobre a compra das passagens aqui.
Quando o táxi finalmente chegou, fomos logo avisando que só tínhamos 5 CUC e perguntamos ao motorista se ia dar. A princípio ele disse que não porque, àquela hora, a tarifa era mais alta. Pedimos a ele que nos levasse até onde desse e, se fosse o caso, desceríamos do carro e iríamos o resto a pé. Ele ligou o taxímetro e fomos embora.
No caminho, passamos pelo cemitério, que é o segundo maior do mundo em capacidade. Realmente, é monstruoso de grande!
Pouco tempo depois, chegamos ao terminal de ônibus Viazul. O taxímetro marcou 4,60 CUC, mas acabamos dando os 5 para o motorista, já que ele tinha sido gentil em ligar o aparelhinho na tarifa comum. Para ele, fomos "muy amables".
Na rodoviária, despachamos nossas malas em um guichê e fomos para a sala de embarque. Roxas de fome, porque não tínhamos dinheiro para o café-da-manhã, abrimos o cheiroso (argh!) Pingo D'Oro que eu tinha na mala e sobrevivemos.
Às 8h em ponto, o ônibus partiu de Havana.
Ônibus bacanudo da Viazul que nos levou de Havana a Varadero |
Diquinha: se você ficar do lado esquerdo do ônibus (o lado do motorista), terá uma vista linda durante toda a viagem, que dura três horas. Delícia avistar o mar azul clarinho (clarinho, clarinho, escurããão!) logo de manhã! E pode ir tranquilo que a estrada é ótima! Só não tem sinalização, mas se você está de ônibus, não precisa se preocupar com isso porque o motorista sabe o caminho, certo?
Estrada linda! |
No meio do caminho, rolou uma parada de 10 minutos, em um restaurante com música ao vivo e muitos drinks típicos (Mojito, Piña Colada, Cuba Libre....) para os turistas. E só tinha turista! E todas as bandeiras do mundo para agradar.
Na parada para turistas |
Pontualmente, às 11h, o ônibus chegou no terminal da Viazul na cidade de Varadero, em Matanzas. Atenção: são três paradas finais -- diga ao motorista em qual você quer ficar (há uma no centro da cidade, outra no aeroporto de Varadero e outra na praia). A nossa parada era a última, na praia, onde ficam os hotéis.
Assim que descemos do ônibus (e nem tivemos tempo de pensar), já nos encaminharam para uma van da Viazul, que nos levaria até o hotel.
Estávamos sem dinheiro, lembra? E eu fiquei preocupadíssima em ter que pagar o tal transfer, mas como niguém falou nada...
Quando chegamos na porta do hotel, o motorista disse:
- São 6 CUC, 3 cada uma.
- Ferrou! - falei.
A Ana foi correndo até a recepção do SunBeach, o nosso hotel, e perguntou se eles faziam câmbio. Nada. Tínhamos que ir até o banco trocar dinheiro. Pedimos, então, ao motorista do transfer que nos levasse até lá (a poucas quadras) para que pudéssemos pagá-lo.
A Ana entrou no banco e eu fiquei esperando na van. E ela demorou, demorou, demorou... Havia uma fila enorme, de gringos, trocando seus Euros. Mas, enfim, conseguimos.
Demos os 6 CUC e mais 1 de caixinha para o motorista, que nos deixou no hotel. E como foi a nossa chegada ao SunBeach, eu conto no próximo post.
Beijos,
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