Nos despedimos do Yoan e do Jose e partimos, de taxi, para o Terminal Viazul de Varadero (5 CUC). Assim que botamos os pés para fora do carro, fomos abordadas por um taxista vestindo o uniforme oficial da CubaTaxi, perguntando se já tínhamos passagem para Havana.
Como a Ana contou no último post, tínhamos. Mas a chuva e o vento estavam fortes demais e a oferta do taxista para nos levar de volta à capital cubana nos pareceu muito boa:
- Vão até o caixa, digam que desistiram da viagem e eles devolverão o dinheiro das passagens que vocês compraram. Vocês pagaram 10 CUC cada uma, certo? Eu faço a viagem até a porta do hotel de vocês por 25 CUC as duas.
Fiquei com as Deuter no saguão e a Ana foi até o guichê. Acontece que faltavam poucos minutos para o ônibus partir e não dava mais tempo de devolverem o nosso dinheiro. Ainda assim, com a chuva que estava caindo, achamos melhor ir de carro, já que chegaríamos muito mais rápido ao nosso hotel e, com certeza, estaríamos mais seguras.
Sendo assim, colocamos nossas mochilas no porta malas do táxi e partimos.
Acho que nunca fiquei com tanto medo em uma estrada. Não pela estrada em si, mas pelo ciclone que chegara à Cuba. É... Apesar de o Sandy ter passado apenas por Santiago de Cuba e pelas cidades vizinhas, a "rebarba" do furacão chegou até Varadero e Havana com uma fúria incrível. Acho que só não me desesperei porque os cubanos estavam tranquilos. Eles estão acostumados com os ciclones e sabem dizer qual deles pode ser destrutivo e qual não prejudicará ninguém. Eles nos acalmavam dizendo que o problema estava só em Santiago e que não aconteceria nada onde estávamos.
No caminho, a Ana ligou para a mãe dela e eu aproveitei para registrar a explicação.
Apesar de o taxista ter prometido chegar em 1h30 (metade do tempo que o ônibus faria), não botei muita fé nessa velocidade. Chegamos ao hotel Deauville, que achamos no guia Lonely Planet, após mais de 2 horas de viagem, acompanhadas pela tempestade. Fizemos o check-in e fomos conhecer o nosso novo quarto (segundo vídeo).
A porta era um horror para abrir e o vento só dificultava as coisas (4:40 do vídeo). O quarto era feio e a primeira impressão foi péssima (mas acabei me acostumando com ele nos dias que seguiram). Eu estava apavorada com o barulho do vento. De repente, eu reparei que estava entrando água pela janela, tamanha a força do vento, e fiquei com mais medo ainda (eu sou apavoradinha fora de casa, você já deve saber, hahah). Estávamos no nono andar e de frente para o mar. Aquela imensidão escura, sem fim, não nos deixava ver o que havia da janela. Tirei as coisas da tomada, para não dar curto, e coloquei minha mochila perto da porta, para que não molhasse. Eu quase não queria mais ficar naquele hotel velho, que parecia que, a qualquer momento, poderia ser levado pelo ciclone. Descemos para o saguão.
Quando saímos do elevador, tomamos um susto: havia uma banda com dançarinas de Flamenco, se apresentando em meio aos hóspedes! Espera! Se estávamos em Cuba, não deveriam ser de Salsa?
Quando saímos do elevador, tomamos um susto: havia uma banda com dançarinas de Flamenco, se apresentando em meio aos hóspedes! Espera! Se estávamos em Cuba, não deveriam ser de Salsa?
Acabamos nos divertindo com o show e com a bizarrice dos hóspedes. Ah, sim! Adoramos reparar nos diferentes tipos de pessoas que encontramos em hotéis e pontos turísticos.
Por causa da tempestade, ninguém queria sair do hotel - muito menos nós. Mas bateu a fome.
Lymdros! |
Doente de tanto tomar chuva e vento em Varadero, eu estava louca por uma comidinha da minha avó e não podia nem pensar naqueles pratos nojentos que comemos até então. Revolvemos olhar o cardápio do restaurante do hotel e, para nossa surpresa, tudo era baratinho. A garçonete foi super atenciosa e quando eu disse que estava doente, ela sugeriu una sopita, meio canja de galinha, que custou apenas 2 CUC.
Depois, acabamos ficando no saguão, vendo o show da banda de... (de que mesmo?) e dando risada das turistas que chegaram. Explico: não queremos ofender ninguém, mas é que virou "piada interna" do #SinTrip. Em todas as nossas viagens, todas - até nas nacionais - encontramos europeias de chinelo, mochilão e coque no cabelo. Mas elas não usam um simples coque, elas prendem o cabelo no alto (no alto mesmo!) da cabeça. Não conseguimos mais não rir, como você pode ver no vídeo.
Aproveitei que estávamos de bobeira ali embaixo e avisei o Ramón, o recepcionista, da água que estava escorrendo pela janela do nosso quarto. Ele logo mandou a camareira (linda ela, aliás) para limpar.
Enfim, quando bateu o cansaço e chegou a hora de subir para o quarto, eu precisei até de um calmantinho pra dormir, porque eu realmente fiquei com medo da tempestade. Mas, no dia seguinte, tudo seria diferente. Depois da tempestade, vem a bonança, certo?
Beijos,
Enfim, quando bateu o cansaço e chegou a hora de subir para o quarto, eu precisei até de um calmantinho pra dormir, porque eu realmente fiquei com medo da tempestade. Mas, no dia seguinte, tudo seria diferente. Depois da tempestade, vem a bonança, certo?
Beijos,