Beirute

Dia 4: Beirute (Líbano) - Aeroporto, telefone celular e hotel

05:30

Chegamos no Líbano às 21h30 do domingo. Assim que desembarcamos, nos deparamos com filas enormes, todas misturadas e bagunçadas, sem nenhuma informação, na sala de imigração. Quando estávamos há alguns minutos em uma fila, percebemos que era a errada. Quando estávamos próximas do guichê, descobrimos que deveríamos preencher o formulário de entrada no país e pegar outra fila. 
Quando, finalmente, chegamos na imigração, a mocinha que nos atendeu foi altamente grossa e fez praticamente uma entrevista, querendo saber tudo sobre nossas vidas e sobre o que estávamos fazendo no Líbano. Com os passaportes carimbados, um homem fardado nos parou. Ele fez todas as mesmas perguntas que a moça do guichê havia feito, olhando nossas fotos e nossos olhos, no melhor estilo "cara-crachá". Eles apavoram, fazem você quase querer desistir de entrar no país, mas é compreensível. Eles não querem abrigar refugiados de guerra e precisam ter certeza de que você não é um deles.
A Ana não estava curtindo o fato de eu fazer um vídeo, porque os guardas estavam todos olhando, então só dei um depoimento rapidinho. Hahaha.


O aeroporto é uma bagunça: parece uma rodoviária de beira de estrada. Homens fardados por todos os lados faziam piadas de nós, em árabe, e olhavam feio para nossas roupas. Assim que saímos do desembarque, um homem nos abordou, perguntando se queríamos taxi. Perguntamos o valor de lá até o bairro de Hamra, já que os taxis libaneses não possuem taxímetro e o preço deve ser negociado antes. Ele nos disse que cobraria 40 dólares e isso nos desesperou. Não imaginávamos que seria assim caro. Dissemos que precisávamos fazer umas coisas antes, mas o cara ficava insistindo... Não saía de perto da gente. Ele chegou até a pegar nossas malas e quase levá-las ao carro. Já estávamos muito irritadas e com medo. Eu queria fugir dele e pedir para alguém nos buscar.
Procuramos um telefone público para ligar a cobrar para uma de nossas amigas que moram no Líbano, mas não existe o serviço de ligação a cobrar no Líbano! E também não havia cartão telefônico por ali.

Fomos atrás de um SIM Card para o celular. O cara do taxi nos seguiu, dizendo que não havia SIM Card para vender por ali... Quando achamos a loja, o cara saiu de perto. 
Um rapaz muito fofo e atencioso nos atendeu -- e deixou até eu carregar meu iPhone no computador dele enquanto nos vendia os chips. O valor era de 50 dólares se quiséssemos uma linha telefônica ou 30 dólares se quiséssemos somente internet, sem número. Para celular e internet, 80 dólares.
Compramos os SIM Cards só com internet e nos viramos com Whatsapp, Voxer ou Skype pra falar com as pessoas.
O carinha da loja comentou que o taxi até Hamra custaria 25 dólares, então, quando saímos, fomos tentar negociar com outro cara que estava na porta. Assim que dissemos que queríamos um carro, aquele primeiro mala sem alça veio pegar nossa bagagem. Ou seja: é tudo parte da mesma máfia de taxistas. Nós imploramos para que ele fizesse por 25, mas ele era um grosso e eu estava morrendo de medo de ser sequestrada no Líbano. Chegaram uns policiais para ver o que estava acontecendo e eles estavam nitidamente do lado do taxista, falando com ele em árabe e olhando feio pra gente. Ele fez por 35 dólares e não discutimos mais. Entramos logo no carro para acabar com essa novela. 


Chegamos em nosso hotel, um quatro estrelas chamado Mayflower, no bairro Hamra, em Beirute. Esse bairro é o mais badalado da cidade, cheio de pubs, cafés e lojas, repleto de gente andando pelas ruas noite e dia. Mohammed, o recepcionista do hotel, foi muito atencioso, deixando que pagássemos a estadia no dia seguinte, até que decidíssemos se ficaríamos até o fim da viagem hospedadas lá ou se partiríamos para o Vale do Bekaa (onde moram nossas amigas) no fim de semana.


Gostamos bastante do hotel. Quarto pequeno, mas honesto. Pagamos em torno de 80 reais a diária, pelo Booking.com. Mas, assim como no hotel que ficamos em Dubai, o banheiro não tem ventilação. E este é ainda pior: tem uma janelinha que dá para o quarto. Hahaha. Então, a dica é a mesma: se não tem intimidade com a pessoa que vai dividir o quarto com você...

Eu estava varada de fome e desesperada para comer um Chich Barak, afinal, eu estava no Líbano e precisava comer minha comida favorita da infância! Era o fim do expediente do Mohammed no hotel, então ele nos acompanhou até um restaurante/café chamado Laziz, para que pudéssemos jantar. 
Foi amor à primeira vista!
Mas isso é assunto para o próximo post! ;)

Beijos,



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